quarta-feira, 1 de abril de 2009

PASTORAL DOS NÔMADES

Neste último final de semana, quando eu e Roberto Cunha participávamos do encontro regional do Conselho Nacional dos Leigos do Brasil, fomos surpreendidos com a seguinte chamada: "Vamos ouvir o Pe. Wallace que nos quer falar sobre a Pastoral dos Nômades". Quando ouvi isso, cochichei com Roberto: "E ainda existem nômades?" Pois bem, meus amigos, existem e me surpreendi com a abnegação e a pessoa do Pe. Wallace do Carmo, homem simples que desempenha um trabalho fantástico com ciganos, parquistas e pessoal de circo.

Estas pessoas são vítimas de toda sorte de preconceitos, exclusão social e na sua grande maioria de analfabetos e miseravéis. Graças a Deus que a Igreja não esquece os esquecidos pelo mundo. Muito me alegrou ver a figura de um Padre jovem, anônimo que desempenha um trabalho tão importante. Ainda bem que na nossa Igreja os padres celebridades ainda são minoria.

Luiz Teixeira



Pe. Wállace é da Diocese de Eunápolis (BA) e trabalha com ciganos

O Pe. Wállace do Carmo Zanon, diretor executivo nacional da Pastoral dos Nômades e membro do Centro de Referência de Direitos dos Povos Ciganos, ligado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB, está visitando a Arquidiocese de Natal, nesta semana. A finalidade da visita éi facilitar o diálogo entre ciganos e o governo e sensibilizar a Igreja Católica para a implantação da Pastoral dos Nômades. “Senti uma boa receptividade por parte da Arquidiocese de Natal, através da Pastoral da Criança, do parte de alguns padres e do próprio Arcebispo, Dom Matias”, comentou o Pe. Wállace, que trabalha com ciganos há 17 anos. “Espero que esta visita tenha contribuído para despertar o interesse da Igreja em organizar, futuramente, a Pastoral dos Nômades”, completou.

A Pastoral tem a missão de ser presença da Igreja junto ao povo cigano, ensinando-o a rezar, catequizando-o e contribuindo na formação cidadã. “Se todo mundo os rejeita, a Igreja está aqui, dizendo que os ama”, diz o padre, lembrando uma frase do Papa Paulo VI. Atualmente, no Brasil, existe cerca de 800 mil ciganos. “Apesar desse número considerado alto, o cigano é invisível aos olhos do Estado, da sociedade civil e até da Igreja”, lembra o Pe. Wállace.

As pessoas interessadas em conhecer mais sobre o trabalho da Igreja Católica junto ao povo cigano, podem entrar em contato com o Centro de Referência, que tem sede em Brasília, pelo telefone: (61) 3039-9426.

www.pastoraldosnomades.org.br


Um comentário:

Júnior disse...

Talvez seja coincidência mas nesta semana saiu no jornal do meio dia (redetv) uma entrevista com uma autoridade do assunto. Ele falava dos nômades,das dificuldades e dos preconceitos. Falou também da falta de apoio por parte do estado e da prefeitura em situações muito comuns: quando um clã desses chega em uma cidade sente muitas dificuldades em coisas como banho, energia elétrica e até mesmo um espaço apropriado para montar as tendas.
O assunto é importante.