quinta-feira, 27 de maio de 2010

ELES PENSAM EM ELEIÇÃO


A classe política vive a tensão das novas eleições que estão por vir. A maioria deles não vive mais em função do legislativo e do executivo. Enquanto eles pensam em eleição, nós pensamos no feijão.

Acontece que, nós, povo brasileiro, homens e mulheres, principalmente aqueles e aquelas que vivem à margem da sociedade, estamos preocupados não  com os pré-candidatos a prefeitos. Eles sim, estão preocupadíssimos com esta questão. Nós não. Ainda não. Quando chegar o tempo seremos protagonistas por uma eleição verdadeiramente democrática, onde não se venda nem se compra voto.  Nós estamos preocupados de dia e de noite são com condições econômicas e as políticas sociais que nos possibilitem a viver com dignidade a vida humana, a família, o bairro e a cidade. Isso nós queremos saber, isso nos preocupa todos os dias. O caderno mais lido não é o de política e sim o de Cidades. Pedimos aos políticos que nos respeitem!

O que nos preocupa não são as legítimas negociações e conversas entre partidos, - isso quando são conversas e não conchavos, negociações e não negociatas. Nós estamos preocupados de manhã, à tarde, de noite e, muitas vezes, madrugada adentro são como os problemas que nos afligem de verdade. Nós não estamos nesta corrida. A nossa correria é outra.

Estou aqui dizendo com todas as letras quais são as nossas prioridades. Evidentemente, isso não significa que não tenhamos interesse com as questões políticas, longe de nós o analfabetismo político de Brecht, ao contrário, devemos está engajado nos movimentos populares e sociais e, se não é do interesse do leitor um compromisso maior com estas causas, pelo menos, de um outro modo, desempenhar um papel na sociedade, não de meros expectadores, mas de protagonistas.

Quando chegar à hora então, todos nós queremos participar ativamente do processo eleitoral. Não queremos baixaria nem tão pouco a hipocrisia tanto de um lado como do outro de moralidade e ética, até porque os dois lados que polarizarão a nível federal e nos estados, têm nas costas denúncias e comprovação de atos de improbidade.  Sejam os liderados de Lula ou de FHC. Queremos propostas que tenham consistência.  Não propostas que vendam ilusões, mas que possam ser postas em prática com sérias políticas públicas que venham nos fazer cumpridores de nossos deveres e portadores de nossos direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e ambientais para que num processo concreto, a cidadania deixe de ser retórica e torne-se realidade na vida das pessoas.

Pe. Fábio Santos

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