quinta-feira, 27 de maio de 2010

Sinceramente, a vida é linda.‏

Quando nascemos somos um ser tão pequenino que, muitas vezes, as pessoas nos olham e ficam se perguntando quando chegará o dia em que cresceremos e nos tornaremos um adulto verdadeiro. Então entendemos que a vida é o presente mais incrível nos entregue por Deus. Mesmo assim nem todas as pessoas a valorizam como ela merece. Todos os dias vemos pessoas cometendo as maiores atrocidades consigo mesmas. Gente que vive no erro 24 horas por dia e não quer parar de cometer seus erros.
Sinceramente, não sei a quem culpar. Alguns dizem que o nosso comportamento vem do berço. Ou seja, da nossa casa, da nossa família... daqueles que cuidam de nós desde a nossa infância. No entanto, quando os filhos crescem, um grande número se torna rebelde ao extremo. Não consigo compreender. Tudo bem.
O que sei é que a vida é importante demais para cada um de nós. Se as pessoas que não ligam muito para ela tivessem consciência da sua beleza verdadeira não estaria por aí matando uns aos outros, matando a si mesmas e menosprezando-a a cada segundo. É muito triste assistir de camarote peças reais no teatro da vida. Às vezes me vejo sentado na última poltrona sendo obrigado a ver histórias que nunca deveriam ser imaginadas de tão cruéis que são. Mas a realidade é que elas existem e nos machucam e arrancam lágrimas ao tomarmos conhecimento da sua existência.
Tantos seres vivos vieram ao mundo e não tiveram o privilégio de viver. Uns nasceram e morreram em primeira respiração fora do útero. Não tiveram a chance de conhecer o mundo. Outros só viveram enquanto estiveram protegidos pela placenta ainda dentro da barriga da mãe. Outros nasceram e antes de crescer foram morar com Deus. E de todos que ficaram um grande número, não está nem aí para a vida.

 João do Amor

O interessante é que somos um número. Ao nascer somos mais um número vindo ao mundo. Quando crescemos somos mais um ser humano a ser somado com os já existentes. Portanto, mais um número. Quando tiramos nossos documentos sempre existe um número ali nos marcando. Se participarmos de algum tipo de esporte ou qualquer coisa na vida, somos classificados com um número para que possamos ser identificados.
Não faço a menor idéia de quantas pessoas existem no mundo. Só sei que a maioria tem um número em sua vida porque existem os registros, sejam do seu nascimento ou documentos pessoais. Não há como fugir. Somos carimbados com um número referente a nossa pessoa mesmo quando nem temos consciência para tal. No entanto, a verdade é que essa é uma realidade viva em cada um de nós.
Por isso e por tantas situações é que a vida é bela. Não haveria sentido em viver se a vida não tivesse um motivo. Sempre digo que tudo depende de nós. E quando não queremos nada acontece. Quando pensamos positivos e acreditamos que o amanhã poderá ser um dia interessante para nós, a maioria das vezes é verdade. Viver é tudo de mais importante. Ser feliz é uma questão de querer. Até mesmo porque ser feliz não significa que a felicidade seja eterna, mas é eterna enquanto dura. São momentos de prazer, alegria e emoção. Por isso existem os números em nossa vida.
Será que eu me fiz compreender?

João do Amor 

Um comentário:

Antonio Carlos disse...

Fernando Pessoa, poeta português, certa feita revelou que preferiria não ter tido contato com o conhecimento, com a ciência, pois saberia que morreria angustiado.
Ele queria ter a "ignorância" do agricultor, que se preocupa "apenas" em plantar e colher, ter uma vida simples, buscando tão somente a sobrevivência...

O problema está aí: agora é tarde somos cientes e, se Pessoa estiver certo, morreremos tão angustiados com a realidade que nos cerca quanto hoje.

Um abração, João.

Antonio.