Somos, por natureza, seres dotados de otimismo. Por isso, a vida se justifica pela constância do presente, onde a sua efemeridade revela-se em intermináveis pretéritos de presentes-futuros contabilizados pelo movimento perene da terra em torno do astro-rei.
O que é a vida senão a esperança taciturna e despreocupada de viver a cada grã momento o movimento eterno de tudo e em tudo que há vida; assim como na semente que germina, na manhã que culmina irradiante e no amor que aflora no genuíno coração de menina; e que, acima de tudo, se revela como um mistério Divino, não só nas coisas grandiosas, mas também, nas coisas pequeninas...
A vida é um jogo, onde cuja adversária é a morte, a qual só existe em função da própria vida; a vida não pode doar-se gratuitamente à morte, e, nem tampouco, a morte quer a vida de graça. Pois tudo tem um preço a ser pago, mormente, quando se entra no inexorável jogo do nascer. Portanto, o objetivo da vida é que se viva intensamente o aqui e o agora em detrimento de um futuro-mais-que-perfeito. Enquanto, o objetivo da morte é que se morra, o quanto mais rápido, melhor.
A morte ronda 24 horas a vida, à espera de uma oportunidade fatal; às vezes, ela se reveste de formas diversas, possíveis e impossíveis (o seu jogo); é comum, muitas vezes, ela aparecer revestida de Religião (uma forma inteligente e prática de pegar e levar muitas vidas facilmente); outras vezes, ela surge como vício (se diz até que toda vida tem um vício), quando, na verdade, vício algum justifica à vida; mas, apenas, ao vital interesse da própria morte. Contudo, o único, o exclusivo, o absoluto de todos os vícios cabe à extraordinária exceção da sapiência do vício de viver. Isto é, o vício de viver intensamente bem, a vida. Eis, então, o vício único, exclusivo, absoluto que incomoda a morte completamente e que a deixa revoltadíssima; por isso, como vingança, ela se reveste dos mais vis e nocivos vícios, os quais, muitas das vidas os tem como prazer ou deleite do bem viver. Vícios pelos quais muitas das vidas são destaques, porém, são vícios que só dão ênfase à “vida” e mais vidas à morte. Destes vícios viveram, intensamente, os Românticos; destes vícios vivem, intensamente, artistas ou não-artistas que fumam, que bebem, que se drogam; destes vícios vivem, intensamente, os homens de posição social, de status, de poder, cuja ambição é a sedenta fome pelo vil metal - o capital. A morte não gosta da morte cedida, gratuitamente, pela “vida” (como levam a crer alguns suicidas ou covardes). Tal comportamento é subestimar o poder da morte ou da sua inteligência de eterna perscrutadora, infalível, de vidas.
A quem interessa o fim de um covarde à vida? Se nem a vida nem a morte o querem nem mesmo por piedade? A quem, afinal, interessa o covarde fim de um suicida?... O poder da vida é ludibriar a morte e esta, à vida; como num verdadeiro jogo interminável entre ambas. A vida só vence a morte vivendo intensamente até a última gota, o último suspiro de vida com extrema senilidade, porque só a velhice extrema e sadia faz da morte uma derrotada; à morte, não interessa anciãos experientes e sábios; interessa-lhe jovens sadios, fortes e inteligentes. Uma vida intensamente vivida é de elevadíssimo grau de existência que, para a morte, é a eternização do seu inexorável sofrimento, e do seu iminente fracasso no jogo contra a vida. Por isso, vivamos intensamente a vida até o último instante da extrema senilidade sadia; pois que, à morte, não lhe interessa um exército de senis felizes e moribundos a rirem desgraçadamente da sua cara (cara da morte) de perdedora!!!
Eis que, assim, velho ou muito velho não morre, simplesmente, retorna ileso para o lugar de onde veio (sonho, nada, tudo, éden, infinito, céu, eternidade...), porque cumpriu dignamente o seu papel (o de viver) na terra. Ou seja, viveu intensamente até o último suspiro que lhe fora merecido.
O que é a vida senão a esperança taciturna e despreocupada de viver a cada grã momento o movimento eterno de tudo e em tudo que há vida; assim como na semente que germina, na manhã que culmina irradiante e no amor que aflora no genuíno coração de menina; e que, acima de tudo, se revela como um mistério Divino, não só nas coisas grandiosas, mas também, nas coisas pequeninas...
A vida é um jogo, onde cuja adversária é a morte, a qual só existe em função da própria vida; a vida não pode doar-se gratuitamente à morte, e, nem tampouco, a morte quer a vida de graça. Pois tudo tem um preço a ser pago, mormente, quando se entra no inexorável jogo do nascer. Portanto, o objetivo da vida é que se viva intensamente o aqui e o agora em detrimento de um futuro-mais-que-perfeito. Enquanto, o objetivo da morte é que se morra, o quanto mais rápido, melhor.
A morte ronda 24 horas a vida, à espera de uma oportunidade fatal; às vezes, ela se reveste de formas diversas, possíveis e impossíveis (o seu jogo); é comum, muitas vezes, ela aparecer revestida de Religião (uma forma inteligente e prática de pegar e levar muitas vidas facilmente); outras vezes, ela surge como vício (se diz até que toda vida tem um vício), quando, na verdade, vício algum justifica à vida; mas, apenas, ao vital interesse da própria morte. Contudo, o único, o exclusivo, o absoluto de todos os vícios cabe à extraordinária exceção da sapiência do vício de viver. Isto é, o vício de viver intensamente bem, a vida. Eis, então, o vício único, exclusivo, absoluto que incomoda a morte completamente e que a deixa revoltadíssima; por isso, como vingança, ela se reveste dos mais vis e nocivos vícios, os quais, muitas das vidas os tem como prazer ou deleite do bem viver. Vícios pelos quais muitas das vidas são destaques, porém, são vícios que só dão ênfase à “vida” e mais vidas à morte. Destes vícios viveram, intensamente, os Românticos; destes vícios vivem, intensamente, artistas ou não-artistas que fumam, que bebem, que se drogam; destes vícios vivem, intensamente, os homens de posição social, de status, de poder, cuja ambição é a sedenta fome pelo vil metal - o capital. A morte não gosta da morte cedida, gratuitamente, pela “vida” (como levam a crer alguns suicidas ou covardes). Tal comportamento é subestimar o poder da morte ou da sua inteligência de eterna perscrutadora, infalível, de vidas.
A quem interessa o fim de um covarde à vida? Se nem a vida nem a morte o querem nem mesmo por piedade? A quem, afinal, interessa o covarde fim de um suicida?... O poder da vida é ludibriar a morte e esta, à vida; como num verdadeiro jogo interminável entre ambas. A vida só vence a morte vivendo intensamente até a última gota, o último suspiro de vida com extrema senilidade, porque só a velhice extrema e sadia faz da morte uma derrotada; à morte, não interessa anciãos experientes e sábios; interessa-lhe jovens sadios, fortes e inteligentes. Uma vida intensamente vivida é de elevadíssimo grau de existência que, para a morte, é a eternização do seu inexorável sofrimento, e do seu iminente fracasso no jogo contra a vida. Por isso, vivamos intensamente a vida até o último instante da extrema senilidade sadia; pois que, à morte, não lhe interessa um exército de senis felizes e moribundos a rirem desgraçadamente da sua cara (cara da morte) de perdedora!!!
Eis que, assim, velho ou muito velho não morre, simplesmente, retorna ileso para o lugar de onde veio (sonho, nada, tudo, éden, infinito, céu, eternidade...), porque cumpriu dignamente o seu papel (o de viver) na terra. Ou seja, viveu intensamente até o último suspiro que lhe fora merecido.
*MC GARCIA - Poeta e Filósofo
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