quinta-feira, 15 de abril de 2010

Campanha da Fraternidade extrapolou os limites das Igrejas, diz presidente do Conic, pastor Carlos Möller


O presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic) o pastor sinodal Carlos Möller, falou sobre a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010 (CFE), “Fraternidade e Economia”. De acordo com ele, a CFE-2010 é atual e tem despertado por isso a atenção da sociedade brasileira para o tema. “Minha avaliação da Campanha da Fraternidade Ecumênica é altamente positiva, haja vista a atualidade do tema e os desafios que ele nos apresentou, a mobilização que a Campanha causou nas igrejas, além do interesse que ela despertou em diversos órgãos da sociedade”.

Um dos pontos positivos na Campanha da Fraternidade Ecumênica, segundo o pastor Carlos Möller, é a força da campanha em sair do âmbito religioso para todos os campos da sociedade. “A Campanha extrapolou os limites das igrejas que integram o Conic, colocando na ordem do dia um assunto não só de interesse delas, mas da sociedade. Uma vez que a economia é parte integrante de todas as propostas político-partidárias, ela precisa ser revista, sob pena de se ver aumentar as desigualdades, impossibilitando a viabilização de projetos de vida mais importantes para o povo brasileiro”, disse.

O presidente do Conic acredita que o tema da Campanha é importante, de modo especial, porque traz para o debate popular uma temática que faz despertar para os reais objetivos da economia em favor da vida. “O Brasil continua sendo um país de enormes desigualdades sociais e, neste sentido, apresentar como tema ‘Economia e Vida’, quando se tem como lema ‘Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro’, traz uma pergunta muito crítica sobre o modo e o estilo de vida que nós temos: fomentamos o consumismo ou procuramos diminuir as desigualdades? Como igrejas, estamos comprometidos a pensar na dignidade da vida, na promoção da justiça e na integridade da criação. A partir dessa reflexão podemos concluir que o tema foi muito significativo, pois nos apresenta uma importante lição de casa, que é cooperar para uma economia a serviço da vida, não do lucro”, completou.

Fonte: CNBB

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