Sempre ouvi dizer que os “crentes” estão tomando conta... Que a messe está sendo cada vez mais repartida com as inúmeras igrejas que surgem a todo instante. Sempre ouvir dizer que temos que fazer algo urgentíssimamente.
Os evangélicos aumentam, se multiplicam, se proliferam, ocupam todos lugares. Oh, não !
Como detê-los? Eles estão perto, pertinho, são nossos vizinhos a baterem em nossa porta, nos flertando, nos assediando, nos conquistando. O que fazer? Se não podemos vencê-los, aliemos a eles ou sejamos parecidos.
Como detê-los? Eles estão perto, pertinho, são nossos vizinhos a baterem em nossa porta, nos flertando, nos assediando, nos conquistando. O que fazer? Se não podemos vencê-los, aliemos a eles ou sejamos parecidos.
Combinemos: A partir de agora não nos preocupemos com as coisas deste mundo, miremos o céu, o alto, o paraíso, sem esquecer que enquanto não chegamos lá, o divino, como um maná, nos agraciará de dinheiro, sucesso, felicidade no amor, pelo menos, para você que é fiel.
Sim, usemos a nossa criatividade, a Bíblia deve ser lida e interpretada ao ditame das nossas necessidades. O paráclito nos norteará e lá encontraremos todas as respostas das “nossas” vidas ou daremos um jeitinho para tal.
Desculpe-me pela renitência, mas sou obrigado: O nosso Cristo tem que ser o Deus que nos faça “filhinhos de papai”, portanto, nos nossos encontros oremos pelo progresso financeiro, livramento das doenças, milagres, casa de praia, viagens, roupas de marca, carros novos etc. Criemos estratégias: “Correntes” de toda sorte, organizemos show, micaretas cristãs, trios elétricos, muito barulho, e louvores em agradecimento a nossa, digo, MINHA ou SUA felicidade.
Finalizando, não podemos esquecer do sobrenatural. Vocês sabem, as mazelas deste mundo, toda a injustiça, destruição do planeta e sofrimento que vivemos não é nossa culpa... A culpa é do chifrudo, do malvado, do encardido, do Lúcifer. O Capeta é fundamental porque senão teremos que nos culpar e, portanto, encontrar soluções, trabalhar, estudar, engajar nas lutas comunitárias etc. Isso tudo dá muito trabalho e não enche igreja. Valei-nos DELE, pelo amor de Deus!
Pronto! Assim teremos templos cheios, gente bonita, saudável e de muita fé. Pensar, questionar, palavras como doação, trabalho, povo, comunidade é Demodée. O importante é número, a corrida, as assembleias cheias e pessoas emocionadas com suas “libertações” individuais .
Esta estratégia de sucesso não vem sendo aplicada pela generalidade dos evangélicos, que o diga as denominações tradicionais que amargam templos cada vez mais vazios.
E nossotros nada faremos ? Calma, ligo a tevê e vejo que estamos aprendendo...
Luiz Teixeira